terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Não arranja, mas agiliza!

- Foi assim que uma vez recuperei um disco. Porque tipo, o problema tem a ver com dilatações térmicas e a agulha. Não é só por si que o congelar arranja, mas agiliza.

- Dilatações e agulhas faz-me lembrar partos. Ainda por cima agiliza! Pois, abre sempre qualquer coisa...

sábado, 12 de junho de 2010

Apelo à Racionalidade

Hoje em dia toda a gente fala de poupar energia, e reciclagem, e emissões de CO2 e toda uma panóplia de preocupações ambientais.

Eu própria partilho de toda essa filosofia e faço a prática dos 3 R's. Agora, tudo o que cai no exagero passa o limiar do ridículo...vejamos:

Já não é a primeira nem a segunda que vou a um WC público, daqueles que para poupar energia têm detectores de presença para acender a luz. Eu entro, a luz acende e passados dois segundos de estar sentada a luz apaga-se! Depois, ou tenho de acenar fortemente com o braço na direcção do detector, inúmeras vezes até ele perceber que eu ainda não me fui embora, ou continuo na escuridão.

Eu até acho que a casa de banho é um sítio porreiro para se pensar sobre coisas várias, e a falta de luz até pode ajudar na concentração, mas...e se eu precisar de me limpar? Nem dá para ver onde está o suporte do papel higiénico e voltamos à rotina de, a cada 2 ou 3 segundos, ter de activar o raio do detector...

Passado isto, chega a hora de lavar as mãos. Mais uma vez, os tais detectores, ou a velha técnica de carregar na torneira para ela largar água durante determinado tempo. Acontece que muitas vezes, este tempo é tão curto que nem dá para molhar as duas mãos e, nesse caso, tem de se lavar uma mão enquanto se carrega na torneira com a outra e vice-versa. Assim, não se esfregam as mãos uma na outra como ensinam os novos posteres de prevenção da gripe A e andam os micróbios e bactérias todos contentes a proliferarem-se no agradável habitat que são umas mãos quentinhas e húmidas.

O mesmo acontece com os secadores eléctricos de mãos, que também fazem com que se tenha de andar a carregar lá no botãozinho e secar as mãos uma de cada vez que na maioria das vezes, por falta de paciência, saem quase tão molhadas como se não tivessem por lá passado. Mas isto menos mal, limpa-se às calças e siga.

Portanto, engenheiros e gestores deste país, o que eu deixo aqui é um apelo à racionalidade. Eu sei que os orçamentos são curtos e que estamos em crise, mas as pessoas eram todas mais felizes se não passassem por estas experiências de stress traumático de cada vez que vão a um WC público.

Sem stress as pessoas são mais produtivas, o que aumenta os lucros e o PIB, dando margem para alargar o orçamento e os períodos das luzes de sensores, das torneiras e das máquinas de secar.

Sem mais assunto de momento,

Tatiana

quarta-feira, 17 de março de 2010

O sol é fantástico, não é?

Adoro estes primeiros dias de pseudo primavera, em que o sol me ataca as pupilas, mas ainda ando de sobretudo vestido.

Gosto porque, de um dia para o outro, o dress code assume as novas tendências primavera-verão e posso apreciar os rapazes que, tais formigas, passaram o inverno a armazenar proteínas e a transforma-las naquilo a que chamam músculos, em dolorosas horas de musculação.

O que eles não sabem, é que as cigarras também são magras mas bem mais felizes com a sua ocupação de tocar e cantar. Melhor ainda é que quando forem velhinhas não vão ter uma mistelga de ar e silicone a sair em esguicho do corpo, se por acidente lhes cair uma agulha de pinheiro nos ombros.

Estou aqui a contorcer-me de dores para admitir isto, mas a verdade é que quando vem um dia de sol o sexo masculino é de facto o mais feliz. Isto porque as raparigas se despem de preconceitos (e de roupa) e mostram ao mundo as formas que sabe-se lá quem lhes deu. E há para todos os gostos: Gordo, meio-gordo, magro, vitaminado, de sabores e especial cálcio.

Esplanadas...como eu gosto de um café com gelo tomado ao sol! Só é pena que nesta altura toda a gente se lembre de ir assoalhar o piolho, leve os filhos, os sobrinhos, os netos e os enteados para os cafés e eu não tenha espaço para me sentar! E se me sair a sorte grande e conseguir uma cadeira, vou ter de levar com os putos a sujarem o ecossistema de manchas de gelado, ouvir as frequências agudas que eles emitem e as extra-agudas das mães a tentarem domar as pequenas feras.

Mas não vou estar para aqui a fingir que não gosto de sol. Acho, até, que as pessoas que nascem na primavera são dotadas de uma inteligência superior, de um sistema imunitário reforçado (começam logo a levar com os pólens) e de uma beleza resplandecente! E isto tem justificação científica uma vez que os fotões, quando absorvidos logo no primeiro mês de vida, melhoram as sinapses do cérebro, promovem a proliferação das melhores células da pele e estimulam a produção de anticorpos.

Para terminar, gostava só de dizer que por mim, estava sol o ano todo, porque as pessoas acordam todas mais bem dispostas mesmo que o céu lhes caia em cima e o Benfica (ou outro clube inferior da preferência do indivíduo) esteja no final da tabela classificativa e já tenha sido eliminado de todas as restantes competições.

O sol é fantástico, não é?

domingo, 15 de novembro de 2009

As Falhas do Cromossoma Y

Tenho andado a pensar nisto dos cromossomas. O que distingue, essencialmente, os homens das mulheres, é o mais pequeno cromossoma da espécie humana: Y para os amigos.

Mas se os homens não se medem aos palmos, os cromossomas medem! É que para além do seu reduzido tamanho, quando comparado com o equivalente X das mulheres, perde ainda mais créditos. Vejamos:



Se repararem na ilustração, falta ao senhor Y uma das pernas que tem o X. Isto explica claramente as grandes falhas dos homens!

O tracejado a vermelho é o espaço onde deviam estar os genes para:

1. Responsabilidade: 'Se queres que uma coisa seja dita, chama um homem. Se queres que uma coisa seja feita, chama uma mulher!'

2. Maturidade: Por alguma razão é costume as raparigas se interessarem por rapazes mais velhos e os rapazes por raparigas mais novas.

3. Descrição: No que toca à arte do flirt, ou apenas da observação física do sexo oposto, os rapazes não conseguem evitar o olhar directo e rebarbado (que se agrava com a concentração da dita espécie por metro quadrado), ao passo que as raparigas conseguem quase sempre fazê-lo de forma bem mais discreta.

4. Dor física: se alguma vez na história da humanidade um homem conseguir ter um filho sem morrer de dor, é porque tomou a poção do Asterix.

5. Daltonismo Estético: É costume ver portadores de cromossoma Y com uma camisa as riscas azuis, uma camisola vermelha aos quadrados, calças amarelas e meias verdes.

6. Pensamento complexo: Têm as sinapses do cérebro demasiado básicas, depois queixam-se de não conseguirem compreender as mulheres!

7. Multi-funções: Está cientificamente provado que os homens não conseguem fazer mais do que uma coisa ao mesmo tempo. Falar ao telefone e interagir com um computador? Total fail!

Por esta altura, os leitores masculinos deveriam (digo deveriam porque de certeza ainda nenhum se lembrou disto) estar a pensar: 'Temos menos matéria no Y, mas temos 20 vezes mais testosterona!'

Meus caros, a testosterona feminina dá-nos o pouco que faltaria de tipicamente masculino no nosso segundo X. E apesar de existir em pouca quantidade, o nosso X é tão bom, que consegue com essa pequena amostra fazer tudo o que vocês fazem com uma tonelada!

Agora, venerem-nos!

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Brincar com coisas sérias

No verão do ano passado fiz voluntariado numa colónia de férias para miúdos carenciados, em Rabo de Peixe, nos Açores.

Eu, que nunca tive grande jeito para lidar com crianças, meti-me numa aventura e pêras. Eles são demasiados genuínos e selvagens. São puros de coração, e de natureza. Têm os pés descalços e um enorme sorriso na cara.

Fiz, pela primeira e única vez da minha vida, um diário. Fartei-me de rir e fartei-me de chorar. Dormi no chão 15 dias e tomei banho de agua fria alguns deles. Dormia pouco mas nunca me senti cansada, porque eles são estimulantes.

Hoje, chamaram-me porque estavam falar deste projecto numa novela da TVI. SIM, FUCKING TELENOVELA DA TVI!!!!!!!

Será que ninguém percebe que isto é uma coisa séria?? Aqueles miúdos passam fome ok???

Depois, como se não bastasse, a personagem em questão 'queria fazer algo diferente no verão, queria ir para outro sítio' e alguém lhe respondeu 'então, não gostavas de participar numa colónia para meninos de Rabo de Peixe?'

Claro, isto é mesmo assim, facílimo. É só querer e vai-se realmente....mas depois de um ano inteiro de formação, para se adquirir aquela disponibilidade emocional tão necessária. Depois de se ouvirem muitas histórias de lá, das famílias, das crianças e das outras colónias que passaram. Depois de fins de semana em que se reúnem os animadores de todo o país para programar aqueles quinze dias de colónia.

Caramba, aqueles miúdos não precisam de promoção, mas sim de pessoas que lhes mostrem outros mundos, que lhes dêem alegria e carinho. O projecto não precisa de publicidade, precisa só de pessoas com espírito de voluntariado e dedicação por uma causa em que acreditam.

O que se vive lá não é ficção, é realidade.

Infelizmente,

Há quem faça coisas sérias, e há quem brinque com elas.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Perfeito Vazio

Hoje dei por mim no fecho de um ciclo. Meia hora de alegria extrema que deixou apenas um vazio, uma dúvida estúpida e meramente existencial, um medo incompreensível do que está para vir.

Tenho decisões importantes a tomar que, de uma forma ou outra, vão influenciar o meu futuro...mas não consigo pensar em nada, nem perceber nada, nem ver, nem ouvir. A minha cabeça tem cadeiras e cidades e países aos trambolhões. Tem nomes próprios em suspensão na massa cinzenta. Não sei o que fazer da minha vida...Preciso de uma maturidade que não tenho e de uma visão que não alcanço.

Não me apetece voltar a Coimbra, onde me sinto sempre tão bem, porque sei que metade das pessoas de quem gosto não vão lá estar, e que a minha casa estará irremediavelmente mais vazia.

Já não me sinto bem na folia, apetece-me sempre estar em sossego, com musica calma nos fones ou na guitarra.

Tenho lágrimas presas e um nó na garganta que não desenlaça. Perfeito Vazio, dizem os Xutos.

Diagnóstico: Ou tenho dormido a mais, ou é TPM.

domingo, 16 de agosto de 2009

Meias Férizias

Meio das férias.

Passei uma semana a respirar erva(aromática, sim) e pó (pó do chão, daquele saudável que deixa os macacos do nariz pretos), a beber hidromel, que tal como o nome indica, é hidratante e sabe a mel e sangria, com pepino. A mim sabia-me a pepino, pronto. (Afinal acho que era vodka melão).

Dancei mazurka, danças europeias e o chamado portuguese style, que é andar aos pulinhos de braços no ar, ao som de música tradicional portuguesa, em medley, horas a fio. Ora, o pessoal transpira, depois cá fora está frio e os françoises e os nuestros hermanos e todos os outros hippies e nómadas malabaristas, espirram em uníssono e lá se vem o H1N1 aka Gripe A aka Gripe Suína. Ainda n tenho sintomas, mas cheira-me que por aquelas bandas houve muita contaminação. (atchiiiiimmmmmm, se calhar é melhor não me tocarem nos proximos dias, LOL)

Descobri que, por entre as tendas de um festival onde de tudo se faz música, alguém se esqueceu de fazer um workshop de Roncos. De facto, conseguem-se ouvir-se diversas sinfonias que, em mp3, faziam concorrência às de Beethoven, com a diferença de que estas não embalam, mas funcionam antes como um RedBull para quem quer fazer directa. E passava-se isto num camping dito de silêncio...

Em conversa com uma japonesa, fiquei a saber que o vinho do Dão, no Japão, serve apenas para os padres beberem na missa. Ora, isto explica o facto de os asiáticos serem pequeninos, não comem feijoada à transmontana, regada com um bom vinho. Já os olhos em bico devem ter a ver com o preço exorbitante que o nosso estimado Dão tem por aquelas bandas. Ouro líquido, ouvi dizer.

Depois, regressa-se à praia e acontece como a outra, que quando repara que tem um gajo de tomates no sítio, barba rija e pêlos no peito assim mesmo à mão de semear, evapora-se o rapaz e aparece, por osmose, do outro lado do planeta. Foi para evitar estas coisas que inventaram os palitos, a sua verdadeira função é repuxar as pálpebras e abrir os olhos a estas pessoas que nunca topam nada. Como não topam, usam-os para tirar febras de entre os dentes e guardam o fio dental na gaveta das cuecas.

Mudo de ares e vou para a serra. Guitarra às costas sem afinador, nem computador nem internet. Guitarra desafinada. 'Afina-se' a bicha mas está muito calor e as cordas dilatam. Dilatam, desafinam. Nada feito. Vou é curtir as piscinas do rio, as cachoeiras e o borrego assado, o pão saloio com manteiga e os mais 20 kg que devo ter ganho. Se calhar agora já tenho peso para dar sangue.

Home sweet home...vamos lá afinar a guitarra. Puxa, puxa, puxa e plim...corda partida. Se não querem que eu toque chamem a GNR e façam queixa, estragar o material é que não porra!

Resta-me o consolo de uns banhos na minha Barra de sempre, praia do meu coração.

Pelo meio, aprendi a cantar a Meia dúzia de Carlos Paião (que para quem não sabe, é de Ílhavo).

E agora vou para a camia, que amanhã vou ao dentistia

P.S.: para quem não perceberzio as palavrias mal escrevidias, ouçam a Meia Dúzia ou metam arame farpado no ânus.