domingo, 16 de agosto de 2009

Meias Férizias

Meio das férias.

Passei uma semana a respirar erva(aromática, sim) e pó (pó do chão, daquele saudável que deixa os macacos do nariz pretos), a beber hidromel, que tal como o nome indica, é hidratante e sabe a mel e sangria, com pepino. A mim sabia-me a pepino, pronto. (Afinal acho que era vodka melão).

Dancei mazurka, danças europeias e o chamado portuguese style, que é andar aos pulinhos de braços no ar, ao som de música tradicional portuguesa, em medley, horas a fio. Ora, o pessoal transpira, depois cá fora está frio e os françoises e os nuestros hermanos e todos os outros hippies e nómadas malabaristas, espirram em uníssono e lá se vem o H1N1 aka Gripe A aka Gripe Suína. Ainda n tenho sintomas, mas cheira-me que por aquelas bandas houve muita contaminação. (atchiiiiimmmmmm, se calhar é melhor não me tocarem nos proximos dias, LOL)

Descobri que, por entre as tendas de um festival onde de tudo se faz música, alguém se esqueceu de fazer um workshop de Roncos. De facto, conseguem-se ouvir-se diversas sinfonias que, em mp3, faziam concorrência às de Beethoven, com a diferença de que estas não embalam, mas funcionam antes como um RedBull para quem quer fazer directa. E passava-se isto num camping dito de silêncio...

Em conversa com uma japonesa, fiquei a saber que o vinho do Dão, no Japão, serve apenas para os padres beberem na missa. Ora, isto explica o facto de os asiáticos serem pequeninos, não comem feijoada à transmontana, regada com um bom vinho. Já os olhos em bico devem ter a ver com o preço exorbitante que o nosso estimado Dão tem por aquelas bandas. Ouro líquido, ouvi dizer.

Depois, regressa-se à praia e acontece como a outra, que quando repara que tem um gajo de tomates no sítio, barba rija e pêlos no peito assim mesmo à mão de semear, evapora-se o rapaz e aparece, por osmose, do outro lado do planeta. Foi para evitar estas coisas que inventaram os palitos, a sua verdadeira função é repuxar as pálpebras e abrir os olhos a estas pessoas que nunca topam nada. Como não topam, usam-os para tirar febras de entre os dentes e guardam o fio dental na gaveta das cuecas.

Mudo de ares e vou para a serra. Guitarra às costas sem afinador, nem computador nem internet. Guitarra desafinada. 'Afina-se' a bicha mas está muito calor e as cordas dilatam. Dilatam, desafinam. Nada feito. Vou é curtir as piscinas do rio, as cachoeiras e o borrego assado, o pão saloio com manteiga e os mais 20 kg que devo ter ganho. Se calhar agora já tenho peso para dar sangue.

Home sweet home...vamos lá afinar a guitarra. Puxa, puxa, puxa e plim...corda partida. Se não querem que eu toque chamem a GNR e façam queixa, estragar o material é que não porra!

Resta-me o consolo de uns banhos na minha Barra de sempre, praia do meu coração.

Pelo meio, aprendi a cantar a Meia dúzia de Carlos Paião (que para quem não sabe, é de Ílhavo).

E agora vou para a camia, que amanhã vou ao dentistia

P.S.: para quem não perceberzio as palavrias mal escrevidias, ouçam a Meia Dúzia ou metam arame farpado no ânus.

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